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Chacon, Lourenço; Schulz, Geralyn (UNICAMP/IEL, 2000)[more][less]
URI: http://hdl.handle.net/123456789/42 Files in this item: 1
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ZANIBONI, LILIAN FÁTIMA (March 13, 2002)[more][less]
Abstract: A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa, portanto progressiva, que acomete os gânglios da base. As pesquisas sobre a doença centram-se em seus aspectos motores, inclusive os da fala. Neste estudo, porém, foi realizada uma comparação entre a fala espontânea de dois sujeitos parkinsonianos e a de dois sujeitos sem qualquer tipo de lesão neurológica (sujeitos controle), sendo as pausas em início de turno discursivo o enfoque primordial. Foi feita a gravação e a digitalização da fala espontânea desses quatro sujeitos, de modo a destacar as características acústicas (de preenchimento e de duração) dessas pausas. Observouse que elas: a) ocorrem em maior número na fala dos parkinsonianos do que na dos controles; b) têm maior duração na atividade discursiva dos parkinsonianos do que na dos controles; c) aparecem de forma preenchida, mista e silenciosa na atividade discursiva dos parkinsonianos, ao passo que nos sujeitos controle são sempre silenciosas; e d) aparecem, tanto nos parkinsonianos quanto nos controles, com um forte vínculo com a estrutura discursiva da atividade verbal, como por exemplo com os tipos de pares dialógicos que organizam a conversação. A diferença entre a atividade discursiva dos parkinsonianos e a dos controles é, assim, o maior número de ocorrência de pausas iniciais e as características acústicas dessas pausas. Esta diferença pode ser entendida não como conseqüência de dificuldades (motoras) da fala dos parkinsonianos, mas sim como um processo alternativo de enunciação ao qual os parkinsonianos recorrem para manter a efetividade da atividade dialógica. URI: http://hdl.handle.net/123456789/53 Files in this item: 1
Dissertação - Lilian Fátima Zaniboni.pdf (744.6Kb) -
Chacon, Lourenço (Editora UFJF, June , 2002)[more][less]
URI: http://hdl.handle.net/123456789/39 Files in this item: 1
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OLIVEIRA, ELAINE CRISTINA DE (2003)[more][less]
Abstract: Este estudo teve como objetivos: (1) analisar se o modo como as pausas de início de turno são utilizadas na conversa espontânea de parkinsonianos se modifica após um intervalo significativo de tempo; em caso afirmativo (2) identificar quais aspectos da linguagem poderiam estar envolvidos nessas modificações; (3) identificar se essa modificação no uso das pausas iniciais estaria ligada a uma possível progressão da doença; (4) finalmente, propor uma mudança na metodologia utilizada pela maioria dos estudos sobre a doença de Parkinson, buscando, por meio de registros de conversa espontânea, um enfoque interacionista e discursivo para os problemas verbais destes sujeitos. Foram realizadas duas gravações de conversa espontânea de dois sujeitos parkinsonianos, com intervalo de um ano e oito meses entre elas e duração máxima de 39 minutos cada uma. Após as gravações, os dados foram transcritos e, posteriormente, digitalizados no programa computacional Multi Speech. Selecionamos e recortamos somente as pausas em início de turno e comparamos sua ocorrência na primeira e na segunda gravação. Nesta comparação, observamos: (1) freqüência de pausas e turnos conversacionais; (2) presença de pausa em turnos desenvolvidos e não desenvolvidos; (3) tipo de pausa em termos de duração que antecederam turnos desenvolvidos e não desenvolvidos; e (4) características de preenchimento acústico de pausas que antecederam turnos desenvolvidos e não desenvolvidos. Feita essa comparação, verificamos que o intervalo de tempo de um ano e oito meses foi significativo para que pudéssemos observar mudanças na ocorrência das pausas, e em suas características de duração e preenchimento. Quanto à ocorrência, observamos uma tendência à diminuição; no que se refere à duração, vimos que os sujeitos passaram a utilizar menos pausas breves e mais pausas médias e longas em sua atividade verbal; e, quanto ao seu aspecto de preenchimento, os sujeitos diminuíram o uso de pausas silenciosas e aumentaram o uso de pausas preenchidas e mistas. A análise de nossos dados indicou também que aspectos da linguagem de ordem motora, cognitiva, conversacional e enunciativa parecem estar envolvidos na mudança de funcionamento das pausas em início de turnos de nossos sujeitos parkinsonianos. Durante a análise e discussão dos dados, levantamos a hipótese de que a mudança nas características das pausas não só podia estar relacionada ao aumento de dificuldades motoras e cognitivas que nossos sujeitos vivenciaram com o decorrer do tempo, como também podia indiciar que essa progressão da doença de Parkinson vinha se dando de modo particular a cada um de nossos sujeitos. Por fim, pudemos observar que a mudança metodológica realizada em nosso estudo nos possibilitou observar a linguagem em seu funcionamento e compreender um pouco mais sobre o papel das pausas no processo de construção e reconstrução da linguagem desses sujeitos. URI: http://hdl.handle.net/123456789/49 Files in this item: 3
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Chacon, Lourenço (GEL, 2005)[more][less]
Abstract: Neste artigo, discuto o papel das práticas de oralidade e de letramento na maneira como aprendizes da escrita segmentam palavras da língua. URI: http://hdl.handle.net/123456789/37 Files in this item: 1
Hipersegmentacoesnaescritainfantil.pdf (66.35Kb) -
Gelamo, Renata Pelloso; Chacon, Lourenço (GEL, 2006)[more][less]
Abstract: Buscamos identificar flutuações na delimitação da frase entonacional (I) na interpretação que Carmen Miranda e Elis Regina fazem do sambacanção Na Batucada da Vida. Como I é um constituinte da hierarquia prosódica que leva em conta, para sua definição, elementos semânticos, levantamos a possibilidade de criação de diferentes efeitos de sentido em cada interpretação, a partir dos diferentes modos como as intérpretes organizam a frase entonacional, segundo a percepção de um grupo de juízes. URI: http://hdl.handle.net/123456789/40 Files in this item: 1
FLUTUACOES_NA_DELIMITACAO_DA_FRASE.pdf (217.2Kb) -
Chacon, Lourenço (Alfa - Revista de Linguística, 2006)[more][less]
Abstract: Partindo de questionamentos ao modo como a literatura trata o fenômeno hesitativo, defendemos, neste trabalho, a hipótese de que as hesitações funcionariam como marcas de momentos de tensão entre elementos lingüístico-discursivos. Buscando confirmá-la, analisamos material extraído de sessões de conversação de um sujeito com doença de Parkinson e de um sujeito sem patologia neurológica. Verificamos, nos vínculos entre as marcas de hesitação e os trechos de fala que a elas se relacionavam: (a) se ocorria contenção da ou abertura para a deriva; (b) se as ações sujeito-língua ocorriam antecipadamente ou reparando a deriva; e (c) se as tensões predominavam no eixo sintagmático e/ou paradigmático da linguagem. Essa observação permitiu-nos conjecturar: (I) que, no processo hesitativo, podem figurar uma contenção da deriva e/ou uma abertura para a deriva; (II) que as hesitações se constituem em pontos de deriva/ancoragem de ações sujeito-linguagem de reparação e/ou antecipatórias; (II) que subsistemas lingüístico-discursivos funcionam sob diferentes relações de predominância no acontecimento do fenômeno hesitativo. URI: http://hdl.handle.net/123456789/46 Files in this item: 1
PORUMAVISAODISCURSIVA_Hesitacao.pdf (170.7Kb) -
Chacon, Lourenço (GEL, 2006)[more][less]
Abstract: Nosso propósito neste artigo foi fornecer mais argumentos para a hipótese de que a dificuldade de iniciar movimentos, característica da doença de Parkinson, envolve também a produção de enunciados falados de sujeitos parkinsonianos. O funcionamento das hesitações em início de enunciados foi o elemento escolhido para atingir esse propósito. Nossos resultados, além de reforçarem a hipótese deste trabalho, mostraram que essa dificuldade não se restringe às dificuldades motoras dos sujeitos, mas envolvem a integração entre os subsistemas fonético-fonológico e semântico da linguagem. URI: http://hdl.handle.net/123456789/41 Files in this item: 1
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Serra, Márcia Pereira; Tenani, Luciani Ester; Chacon, Lourenço (GEL, 2006)[more][less]
Abstract: Neste artigo, discutimos os rumos (que se pode supor) pelos quais o aprendiz da escrita transita ao buscar identificar e demarcar, por meio de espaços em branco, as palavras, no modo de enunciação escrito. Procuramos apontar possíveis critérios que estariam envolvidos nos momentos em que esses aprendizes reelaboram a segmentação em suas produções escritas. URI: http://hdl.handle.net/123456789/38 Files in this item: 1
reelaboracaosegmentacao.pdf (97.88Kb) -
Paula, Isis Fernanda Vicente de (2007)[more][less]
Abstract: Pelo fato de freqüentemente encontrarmos na escrita inicial de crianças a inserção de espaços em branco no interior de palavras, ou seja, separações além das previstas pela ortografia convencional, denominadas aqui de hipersegmentações, este trabalho visa, a partir deste fenômeno lingüístico, promover uma reflexão a respeito de aspectos convencionais de linguagem escrita. Para tanto, optamos pelo estudo longitudinal de produções textuais de crianças durante as três primeiras séries do ensino fundamental, buscando, em especial, demonstrar que as hipersegmentações são marcas de um sistema em construção, índices do trânsito do sujeito aprendiz pelos diferentes modos de enunciação da língua, em oposição a uma visão mais patologizante que freqüentemente as considera como “erro”, sinais de incapacidade e desatenção por parte do escrevente. Este estudo teve como hipóteses centrais a possibilidade de as hipersegmentações encontradas em produções textuais de início do processo de escolarização (1) serem representativas da inserção do sujeito escrevente em práticas orais e letradas constitutivas de seu aprendizado (institucional ou não) da escrita; e (2) tenderem a ocorrer de acordo com alguns movimentos ao longo deste processo, rumo a uma proximidade com o que se entende por escrita padrão, podendo se constituir em momentos de manifestação da subjetividade do produtor do texto. Assim, tendo por base os pressupostos teórico-metodológicos do paradigma indiciário, pudemos constatar que as estruturas das hipersegmentações encontradas nos textos infantis seriam resultado do trânsito do sujeito escrevente por práticas sociais de oralidade (observadas neste trabalho sob a forma de constituintes prosódicos, propostos por NESPOR & VOGEL (1986)) e de letramento, podendo ser vistas como índices do modo heterogêneo de constituição da escrita, tal como formulado por Corrêa (2004). Também verificamos que, embora a quantidade de hipersegmentações encontradas nas produções textuais das crianças ao longo dos três anos tenha oscilado, foi possível identificar regularidades em seu modo de emergência, de forma que pudemos distinguir três tipos mais gerais de movimentos. Essa diferença de movimentos encontrados na escrita das crianças nos leva a pensar na possibilidade de os sujeitos se encontrarem em diferentes planos de aquisição desse modo de enunciação da linguagem, devido, talvez, a sua maior ou menor inserção em práticas sociais que envolvam a escrita. Dessa forma, percebemos que, embora se desenvolva segundo movimentos mais gerais, o processo inicial de escrita não é linear nem atingirá um fim comum (o uso pleno da gramática normativa). URI: http://hdl.handle.net/123456789/50 Files in this item: 1
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Chacon, Lourenço (Revista de Estudos da Linguagem, June , 2008)[more][less]
Abstract: Questionando o olhar que freqüentemente estabelece vínculos diretos entre características fonético-segmentais possíveis em enunciados falados e características ortográficas na escrita infantil, buscamos outras características da língua e da linguagem que contribuiriam para o estabelecimento desses vínculos. Para tanto, analisamos registros de coda silábica em textos escritos de crianças entre 5 e 6 anos de uma escola municipal de educação infantil. Nesses registros, observamos, para além desses vínculos diretos, a contribuição de aspectos da língua e da linguagem como os prosódicos, morfológicos, enunciativos e discursivos. Atribuímos a contribuição desses aspectos para o registro da coda às várias formas como se mostram na escrita inicial as relações entre a criança e a linguagem. URI: http://hdl.handle.net/123456789/47 Files in this item: 1
vínculos_diretos_escritainfantil.pdf (153.2Kb) -
Valentim, Marta Lígia Pomim; Casarin, Helen de Castro Silva; Fadel, Bárbara; Almeida Júnior, Oswaldo Francisco de; Belluzzo, Regina Célia Baptista; Bortolin, Sueli; Cavalcante, Luciane de Fátima Beckman; Molina, Letícia Gorri; Pereira, Rodrigo; Garcia, Regis; Woida, Luana Maia; Santos, Camila Araújo dos; Smith, Marinês Santana Justo; Pacheco, Cíntia Gomes; Guaraldo, Tamara de Souza Brandão; Lousada, Mariana; Lopes, Elaine Cristina; Grácio, José Carlos Abbud; Moraes, Cássia Regina Bassan de (FUNDEPE Editora, October 30, 2009)[more][less]
Abstract: A Linha de Pesquisa “Gestão, Mediação e Uso da Informação” se alicerça no desenvolvimento de atividades relacionadas ao ensino de pós-graduação e graduação, à pesquisa, à orientação em nível de doutorado e mestrado, à orientação em nível de iniciação científica, bem como à extensão. Reflete de forma coerente a especialidade formativa na qual se propõe no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI). Integra perfeitamente a área de concentração “Informação, Tecnologia e Conhecimento", constituindo-se em um recorte temático, visto que enfoca questões informacionais no que tange a gestão, mediação e uso. URI: http://hdl.handle.net/123456789/166 Files in this item: 1
I_Reuniao_2009.pdf (919.5Kb) -
Universidade Estadual Paulista, UNESP; Universidade Estadual Paulista, UNESP (November 25, 2009)[more][less]
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Chacon, Lourenço; Sebastião, Luciana Tavares (December 12, 2009)[more][less]
Abstract: Com base em teorias lingüísticas e/ou lingüístico-discursivas, as atividades do Grupo têm se voltado para um maior conhecimento das questões envolvidas na aquisição e no funcionamento da linguagem. O fenômeno lingüístico é observado tanto em contextos considerados como de normalidade quanto naqueles considerados como patológicos. Vêm sendo explorados os modos de enunciação falado, escrito e cantado da linguagem. No que se refere à aquisição da linguagem (em seus modos de enunciação falado e escrito), três tipos de preocupação motivam as pesquisas: (1) as bases sócio-históricas e biológicas para esse processo; (2) a emergência de padrões e/ou de regularidades lingüísticas; e (3) os processos dialógicos na atividade discursiva. No que se refere ao funcionamento da linguagem (em seu modo de enunciação cantado), as preocupações se voltam: (1) também para os processos dialógicos da linguagem; e (2) para a integração entre o componente prosódico da linguagem e aspectos musicais de peças do cancioneiro popular brasileiro. Contribuições dessas pesquisas podem ser esperadas no que diz respeito: (1) à promoção do desenvolvimento de linguagem, bem como à prevenção de problemas nessa área do desenvolvimento infantil; (2) à avaliação e à conduta terapêutica de sujeitos com dificuldades de linguagem; (3) ao ensino da escrita e a um melhor entendimento dos chamados problemas de escrita; e (4) ao trabalho com o uso profissional da voz. URI: http://hdl.handle.net/123456789/45 Files in this item: 1
estudossobrealinguagem.html (134bytes) -
Universidade Estadual Paulista, UNESP (September 2, 2010)[more][less]
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Universidade Estadual Paulista, UNESP (September 2, 2010)[more][less]
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SERRA, MÁRCIA PEREIRA (September 10, 2010)[more][less]
Abstract: Propusemos, neste trabalho, a observação de operações de reelaboração da segmentação em textos infantis. Interessaram-nos, particularmente, as marcas de reelaboração textual (mais especificamente, de reelaboração da segmentação). O propósito foi observar que fatores estariam envolvidos em momentos nos quais crianças, em momentos iniciais do processo de aquisição da escrita, distribuíam o material gráfico que produziam em porções menores e realizavam o que denominamos reelaboração da segmentação textual. O material que usamos foi formado de produções textuais de alunos de uma escola da rede pública de ensino do município de São José do Rio Preto (SP), que foram coletadas quinzenalmente e acompanhadas de modo longitudinal por um período de quatro anos. A partir desse conjunto, elegemos 62 textos, de 20 sujeitos que, durante o ano de 2002, cursavam a segunda série do ensino fundamental I. Cada produção foi selecionada por apresentar pelo menos duas ocorrências, num mesmo texto, em que o escrevente flutuava quant à segmentação escrita. Fizemos um levantamento quantitativo das ocorrências de reelaboração em relação a constituintes prosódicos mobilizados, a fim de possibilitar a formulação de mais argumentos para o fato de que os constituintes prosódicos mobilizados nessas ocorrências teriam algum tipo de realidade para a criança/aprendiz da escrita. Estivemos atentos também para o que, nestas ocorrências, nos possibilitou conjeturar sobre a relação entre o que pôde ser considerado como fatos episódicos de escrita infantil e para o que pôde ser considerado como genérico. Com base, de um lado, em pressupostos teórico-metodológicos vinculados ao Paradigma Indiciário proposto por Ginzburg (1986) e, de outro, na idéia de um modo heterogêneo de constituição da escrita, tal como formulada por Corrêa (1997 e 2004), chegamos à proposição de que, em nossas ocorrências, o entrelaçamento de aspectos reconstruídos da gênese da escrita (da criança) e do código escrito institucionalizado suscitou nos escreventes/aprendizes não somente uma tensão acerca da elimitação de palavras, como também possibilitou o surgimento de palavras sob palavras. Como resultado mais geral, tais flutuações na escrita infantil podem ser entendidas como uma procura do estatuto de palavra, dado o caráter multifacetado de tais estruturas, ou seja, são tentativas que correspondem ou não a palavras da língua. URI: http://hdl.handle.net/123456789/59 Files in this item: 1
Dissertação - Márcia Pereira Serra.pdf (2.659Mb) -
VIEIRA, ROBERTA CRISTINA RODRIGUES (September 10, 2010)[more][less]
Abstract: Tendo como base as freqüentes hesitações nos enunciados falados de sujeitos afetados pela doença de Parkinson, predominantemente atribuídas pela literatura biomédica a limitações orgânicas impostas pela doença, nossa proposta foi investigar aspectos do funcionamento hesitativo de tais sujeitos. Extraímos os dados de uma sessão de conversação entre um sujeito parkinsoniano (NL) e um documentador (JN). Partindo da concepção de que as hesitações são marcas das negociações do sujeito com os outros constitutivos do (seu) discurso, detectamos 48 marcas hesitativas que apresentavam um aspecto peculiar: a tensão em um elemento fonético-fonológico. Pela análise dos 48 enunciados que continham as marcas, observamos, em primeiro lugar, a presença desse elemento fonético-fonológico tensionado em palavras presentes nos trechos que sucediam ou, simultaneamente, antecediam e sucediam as marcas hesitativas. Observamos, ainda, que a tensão provocada por essa repetição se mostrou fortemente vinculada a outros tipos de tensões que remetiam tanto a elementos de outros planos da língua, além do fonético-fonológico, quanto a elementos do processo discursivo. Com relação aos planos da língua, sobretudo o semântico se mostrou vinculado com o fonético-fonológico. Já com relação ao processo discursivo, levantamos indícios de que o funcionamento hesitativo que denominamos deslizamentos em contexto fonético-fonológico recorrente escancara negociações relacionadas a diferentes elementos das condições de produção do discurso, tais como o das imagens que se fazem de si os protagonistas do processo e a dominância de objetos discursivos. Com relação aos objetos discursivos dominantes no processo analisado, identificamos: (a) doença; (b) família; (c) trabalho; e (d) estudo. Quando os dois primeiros objetos se mostravam em dominância, observamos que NL era predominantemente atravessado pela imagem de sujeito doente, enquanto que, quando os objetos “trabalho” e “estudo” predominavam, emergia uma posição de distanciamento em relação à doença, de tal modo que, desse outro lugar, NL parecia se marcar como detentor do conhecimento. Com relação ao objeto “estudo”, predominantemente, o foco do discurso voltava-se para JN, não sendo observado, nestas ocasiões, o funcionamento hesitativo foco desta pesquisa. Verificamos, ainda, em relação aos objetos discursivos, momentos de emergência de um objeto no interior de outro. Observamos, no entanto, predominância, no processo discursivo, de uma relação imaginária entre NL e JN, atravessada pela imagem do sujeito doente e do profissional da saúde. Nossos resultados apontam para uma complexidade do fenômeno hesitativo em sujeitos com doença de Parkinson, na medida em que os deslizamentos do dizer mostrados por essas marcas, longe de se restringirem às limitações orgânicas características da doença, mobilizam diferentes aspectos da integração dos diferentes elementos da linguagem. URI: http://hdl.handle.net/123456789/60 Files in this item: 1
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GELAMO, RENATA PELLOSO (September 10, 2010)[more][less]
Abstract: Propusemos, neste estudo, um olhar sobre o fenômeno da voz, no qual aspectos lingüísticos da interpretação vocal de uma canção pudessem ser levados em conta. Buscamos subsídios na Lingüística, mais especificamente, na Fonologia Prosódica, por acharmos que, ao vincularmos voz e linguagem, poderíamos contribuir para um enriquecimento do trabalho fonoaudiológico com cantores. Para tanto, propusemos compreender, nesta pesquisa, como um grupo de juízes percebia auditivamente a maneira como grandes nomes da Música Popular Brasileira (Carmen Miranda, Dircinha Batista, Elis Regina e Ná Ozzetti) organizam prosodicamente o texto da canção Na batucada da vida. Analisamos mais especificamente a percepção de como as intérpretes organizam e delimitam o constituinte frase entonacional (I), assim como procuramos verificar a eficácia do algoritmo estabelecido para esse constituinte por Nespor & Vogel (1986). Como I é um constituinte da hierarquia prosódica que leva em conta, para sua definição, elementos semânticos, levantamo a possibilidade de criação de diferentes efeitos de sentido em cada interpretação, a partir dos diversos modos como as intérpretes organizam a frase entonacional. Pudemos observar, durante a exposição de nossos dados, que o algoritmo que define o constituinte frase entonacional formulado por Nespor & Vogel mostrou-se eficaz. Ao compactuarmos com a visão de que voz e linguagem não se separam, pudemos demonstrar, também, com base nos diversos modos de organizar a frase entonacional nas quatro intérpretes, a possibilidade de diferentes atribuições de sentido para as interpretações. Atribuímos, ainda, a essas diferentes organizações o caráter de possíveis marcas de ubjetividade das intérpretes. Postulamos que as semelhanças encontradas na organização da frase entonacional poderiam decorrer de dois fatores: (a) influência das intérpretes mais antigas sobre as mais recentes; e (b) influência de informações de natureza musical (padrões da estrutura rítmico-melódica). Nos casos de não-obediência ao algoritmo da frase entonacional, fatores de natureza musical também podem ter influenciado a maneira como os juízes perceberam esses casos. Acreditamos que essa mútua influência entre informações lingüísticas e musicais esteja presente na delimitação desse constituinte e deva ser tratada, portanto, de modo integrado, uma vez que se trata de canções – produto em que a informação lingüística e a musical parecem não se desvincular. URI: http://hdl.handle.net/123456789/61 Files in this item: 1
Dissertação - Renata Pelloso Gelamo.pdf (1.725Mb) -
Universidade Estadual Paulista, UNESP (September 17, 2010)[more][less]
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